A Comarca de Mucajaí foi a primeira a ter energia 100% sustentável. Até o fim do ano, está prevista a substituição da matriz energética tradicional pela solar em todos os prédios do judiciário na capital e interior
O Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR) deu mais um passo importante em direção à sustentabilidade, economia e cuidado com o meio ambiente, e inaugurou na manhã desta quinta-feira, 28 de julho, na Comarca de Mucajaí, um sistema de geração de energia fotovoltaica, que funcionará a partir da captação da energia solar. A inauguração teve a participação do ministro do Superior Tribunal de Justiça, Joel Ilan Paciornik.
A instalação do novo sistema faz parte do programa Lumen, que compreende a substituição da matriz energética tradicional pela solar em todos os prédios do judiciário na capital e interior. O objetivo é garantir utilização de energia limpa e renovável, sendo um ganho de natureza financeira e sustentável, como explica o presidente do Tribunal de Justiça de Roraima, desembargador Cristóvão Suter.
“Com as placas solares, a mudança da matriz energética é um ganho para a nossa sociedade e para o meio ambiente. É um passo importante que o judiciário dá em relação à preservação da natureza. Serão toneladas de dióxido de carbono que deixam de ser lançadas para a atmosfera, e ao mesmo tempo, gerando economia de recursos públicos com essa energia limpa e renovável”.
O ministro do STJ, Joel Ilan Paciornik, parabenizou o Poder Judiciário de Roraima por investir em novas fontes de energia, o que demonstra uma preocupação com o futuro das próximas gerações.
“Esse tipo de iniciativa vem justamente no mesmo momento em que o mundo todo passa a se preocupar com novos modais de energia. O Tribunal está de parabéns, porque realmente a preocupação hoje é mundial, nesse sentido de buscar as novas fontes de energia, principalmente energia verde e energia limpa”.
A utilização da nova matriz energética, garante ao TJRR uma economia de aproximadamente R$ 2 milhões em energia elétrica por ano. Além disso, metade da energia produzida pelas placas solares nas comarcas do interior será aproveitada nos prédios da capital. Dessa forma, até o final do ano, o Tribunal de Justiça de Roraima passará a funcionar, integralmente, com energia solar, como explica o secretário de Infraestrutura e Logística, Reubens Mariz.
“O Tribunal teve que buscar uma alternativa para que, com o mínimo de recursos possíveis, tivesse o melhor retorno e então, aproveitamos os telhados das comarcas do interior e, pelo menos 50% da energia produzida pelos painéis solares retorna para os prédios da capital, que não têm área de telhado suficiente para gerar energia que o próprio prédio consome”.
O secretário destaca ainda que todo o investimento feito nas compras das placas será reinvestido na melhoria da prestação jurisdicional à sociedade. “Em quatro a cinco anos o Tribunal de Justiça vai ter um retorno do valor investido nas compras e instalação das placas, que será revertido à sociedade, na prestação jurisdicional, por meio de investimentos em tecnologia, melhores equipamentos, atendimento às localidades mais afastadas”.
A juíza titular da Comarca de Mucajaí, Patrícia Oliveira, destaca que o Programa Lumen vai não só melhorar os custos para a administração pública e para o próprio Tribunal de Justiça, mas também ser favorável a toda a comunidade
“A comarca, como um todo, hoje se encontra em festa porque nós estamos inaugurando essa matriz energética, trazendo uma energia limpa e renovável. Nós teremos um suporte de energia na comunidade importante e isso vem beneficiar a todos, como jurisdicionados, como integrantes do Poder Judiciário e estamos muito contentes com esse momento.”
Judiciário Sustentável - O Programa Lumen é apenas uma das atuações sustentáveis pelo Poder Judiciário de Roraima. Durante o ano, são realizadas outras ações como, por exemplo, a captação e reuso de águas da chuva, a gestão dos resíduos e coleta seletiva, a substituição de copos descartáveis por biodegradáveis, ecopontos para descarte de pilhas e baterias, distribuição de mudas, entre outros.
Fonte: NUCRI/TJRR